A pandemia de Coronavírus vem empurrando os limites dos sistemas de saúde de países europeus, nos últimos meses, e atualmente em países como Brasil e Estados Unidos, o que tem como consequência hospitais lotados e menor controle de pacientes. Um estudo da revista CCIH realizado em um hospital de Wuhan mostrou que entre 918 pacientes em tratamento de COVID-19 no local, a taxa de infecção hospitalar foi de 7,1%, que soma mais de 65 casos.
Em homenagem ao dia do combate a infecções hospitalares, reunimos a seguir algumas das mudanças esperadas para o futuro de hospitais e inovações de centros tecnológicos de saúde, com o objetivo de diminuir a incidência de contaminações dentro do ambiente médico.
- Muitos profissionais acreditam que a crise do Coronavírus marca um antes e um depois na telemedicina. Seu uso aproxima pacientes de suas famílias e estabelece uma distância física entre enfermos e médicos. O sistema foi transformado, mas serão necessárias mudanças jurídicas e econômicas para normalizar e regulamentar a telemedicina.
- Os futuros hospitais serão concebidos para responder melhor aos acontecimentos pandêmicos. Isto inclui atributos como a capacidade de isolar diferentes áreas do hospital com unidades de tratamento de ar separadas e sistemas de filtração de ar para diminuir a contaminação cruzada. Para isso, a construção modular é também uma abordagem que pode servir as necessidades desta crise atual.
- Outra solução prática de prevenção de infecções hospitalares já utilizada em alguns centros é aplicar sistemas “sem toque” que utilizem neblina leve de UVA ou peróxido de hidrogênio para desinfectar as zonas de tratamento dos doentes.
- O uso de toalhetes desinfetantes que mudam de cor, indicando quando o tempo de contacto é prolongado e as superfícies são completamente cobertas para matar eficazmente os microrganismos.
- A ideia de conectividade está agora sendo aplicada em enfermarias hospitalares. A prevenção de infecções dentro de alguns anos verá sistemas inteligentes a uma fração do custo dos sistemas tradicionais de gestão atuais. Pequenos sensores sem fio em áreas clínicas irão transmitir dados de qualidade do ar ao vivo para um computador central que irá alertar a equipe quando condições como baixa umidade, alta temperatura ou aumento da contagem de bioaerosol pode aumentar o risco de infecção, por exemplo.