Telemedicina: prós e contras

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A telemedicina vem sendo um assunto amplamente discutido na área de saúde no país. A prática foi regularizada pelo Conselho Federal de Medicina no dia 3 de fevereiro, mas a decisão foi revogada poucas semanas depois.

Mas quais são as vantagens e desvantagens da implementação da telemedicina na saúde brasileira?

35 estados dos Estados Unidos permitem o uso da telemedicina, com leis próprias. Além disso, aproximadamente 76% dos hospitais do pais já utilizam a tecnologia para exames e consultas. Em países da Europa, serviços de telemedicina reduziram em 20% as admissões hospitalares e em 45% taxas de mortalidade.

A telemedicina emerge com a promessa de impactar significativamente alguns dos problemas mais desafiadores do nosso sistema de saúde atual: o acesso.

Com ela, pacientes distantes podem obter serviços clínicos de forma mais fácil, assim como hospitais mais remotos podem fornecer serviços de emergência e cuidados à distância.

Quanto aos resultados diretos na saúde, pacientes diagnosticados e tratados mais cedo, por meio ou não da telemedicina, normalmente não necessitam de tratamentos mais complexos. Além disso, pacientes tem taxas de mortalidade reduzidas, pelo maior índice de acesso, e estadias em hospitais menos custosas. Ainda economizam em possíveis viagens médicas.

O saldo é positivo e seria útil para o sistema Brasileiro, onde há milhões de cidadãos vitimas do abandono assistencial. Porém, a telemedicina envolve alto custo, que exige equilíbrio e cautela na implementação. Cada especialidade médica exige preparo diferente e abordagens diversas, por isso as áreas precisariam se adaptar de forma única.

Atualmente, a situação da prática da telemedicina no Brasil é limitada. A telemedicina será subordinada aos termos da resolução CFM número 1.643/2002, que não permite teleconsulta, telediagnóstico, telecirurgia, teletriagem, telemonitoramento nem teleconferência de ato cirúrgico. Em caso de emergência, o médico pode emitir laudo à distância e oferecer suporte diagnóstico ou terapêutico.