Profissionais competentes e bem treinados são amplamente capazes de diminuir a ansiedade e o medo no outro, proporcionando-lhe uma experiência menos traumática, mais segura e confortável. Um ambiente acolhedor, repleto de profissionais humanos, dispostos a responder as dúvidas do paciente com sinceridade e paciência, concedendo-lhe todas as informações e orientações pertinentes e que, também, não subestimem sua capacidade de discernimento são elementos fundamentais dentro das discussões sobre humanização na saúde.
Infelizmente o número de reclamações realizadas em hospitais e outros segmentos desta área revelam uma grande insatisfação. Descaso, falta de informações, desrespeito e desatenção com os pacientes são os tópicos mais apontados e que precisam urgentemente de melhorias.
É preciso lembrar que o paciente é o protagonista das instituições, e o objetivo da equipe de saúde deve sempre estar em realizar um bom atendimento e de fato resolver o problema apresentado.
Equipe de saúde é composta por todos os envolvidos com o atendimento do paciente. A maneira pela qual essa equipe é tratada por seus superiores, é, na maioria das vezes, similar como eles irão tratar os clientes (ou pacientes) da instituição. Por isso, é muito importante cuidar da gestão de pessoas.
Ainda que uma instituição de saúde tenha diversas complexidades específicas, ela é também uma empresa como outra qualquer. Ouvir, compreender e criar um relacionamento baseado no respeito e na ética nestes ambientes são práticas que precisam ser valorizadas.
POR ONDE COMEÇAR?
A comunicação é uma das ferramentas mais importantes para o processo de humanização da área de saúde. Isso acontece porque muitas das dificuldades enfrentadas pelos pacientes e profissionais podem ser evitadas quando se escuta com atenção, há acolhimento e consideração a respeito das necessidades e queixas dos pacientes.
Outro ponto que deve ser considerado para o estabelecimento da humanização hospitalar é o treinamento que prepara todos os profissionais da saúde para lidar com as emoções não só dos pacientes, mas também de seus familiares e amigos, além de estabelecer políticas institucionais que se preocupem com a sensibilização dos profissionais e que estimulem o uso de tecnologias mais leves, voltadas para o suprimento das necessidades básicas dos pacientes, garantindo um atendimento rápido e eficiente.
Vale ressaltar que a humanização do atendimento é um processo vivencial, necessário não só nas instituições privadas como também na saúde pública brasileira. Pela natureza de um serviço médico, esse conceito já deveria estar bem estabelecidos, entretanto, como a humanização está em falta em nosso atual mercado de saúde, fica claro a importância de discuti-la.