Na Medicina, a liderança sempre esteve presente de forma implícita. Médicos naturalmente assumem papéis de comando em emergências, equipes e decisões críticas. No entanto, quando a prática médica ultrapassa o consultório e avança para a gestão de pessoas e negócios, surge um novo desafio: liderar de forma consciente e isso exige autoconhecimento.
Liderar sem se conhecer é correr o risco de decisões impulsivas, conflitos recorrentes e falhas de comunicação. O autoconhecimento permite que o médico-líder entenda suas motivações, reconheça limites, desenvolva empatia e alinhe suas ações ao seu propósito. O conceito do “Golden Circle”, de Simon Sinek, reforça essa importância: líderes eficazes sabem o que fazem, como fazem, mas, principalmente, por que fazem. Esse “porquê” é a base da liderança com sentido.
Durante crises, como a pandemia de COVID-19, médicos que compreendiam seus valores e emoções conseguiram liderar com mais clareza, empatia e agilidade. Essa consciência fortalece a conexão com a equipe e contribui para um ambiente de confiança e transparência.
Liderar na Medicina não é apenas cuidar de pacientes, é também, cuidar de pessoas, processos e propósitos. O médico que se conhece lidera melhor, conecta-se mais profundamente com sua equipe e impacta positivamente o ambiente à sua volta. Autoconhecimento não é um diferencial: é a base para uma liderança mais humana, consciente e eficaz.