Uma pesquisa liderada pela Escola de Medicina de Adelaide, na Austrália, trouxe novas informações sobre o consumo de açúcar. Segundo o estudo, o uso de adoçantes artificiais podem aumentar o risco de diabetes em apenas duas semana.
De acordo com o texto, tais substâncias podem mudar a forma como o corpo responde à glicose, ampliando o risco da doença. No Brasil, o número de casos da doença aumentou 61,8%, entre 2006 e 2016, de acordo com levantamento da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
O estudo australiano avaliou o comportamento de 27 pessoas saudáveis que ingeriram edulcorantes. Ao fim de duas semanas, testes foram realizados para avaliar os níveis de absorção de glicose, insulina, entre outros. A equipe descobriu que os suplementos fornecidos, como a sucralose, comumente comercializada, tiveram uma resposta aumentada em todas as frentes.
Ao jornal britânico Telegraph, o professor Richard Young, autor principal da pesquisa, afirmou que os dados corroboram a tese de que “adoçantes artificiais poderiam reduzir o controle do corpo nos níveis de açúcar no sangue e destaca que o potencial de níveis de glicose pós-refeição exagerados em usuários dos NAS (adoçantes artificiais não-calóricos) poderia predispor a desenvolver diabetes tipo 2”
Os resultados foram apresentados na reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes em Lisboa, Portugal.